Silvino Canuto de Abreu (Taubaté, SP, 19 de janeiro de 1892 - São Paulo, 2 de maio de 1980) foi um farmacêutico, advogado, médico e pesquisador espírita brasileiro.
No campo jurídico, começou a advogar aos vinte e dois anos de idade, no contencioso do Banco Hipotecário do Brasil. No campo da Medicina escreveu inúmeros artigos referentes à Medicina Social. Foi fundador e presidente da Associação Paulista de Homeopatia. Como clínico, jamais aceitou qualquer retribuição, direta ou indireta, pela prestação de seus serviços.
Membro de várias entidades assistenciais, dedicou particular cuidado à
criança abandonada, tendo fundado orfanatos no Rio de Janeiro.
Tornou-se colaborador, a partir de 1934, de uma das mais antigas instituições de assistência à infância em São Paulo, a Associação Feminina Beneficente e Instrutiva, fundada em 1901 pela professora Anália Franco. Juntamente com Cleo Duarte, empreendeu reformas e construções em internatos para meninos e meninas.
Desde cedo vivenciou os fenômenos mediúnicos, já que, conforme afirmou, toda a sua família era constituída de médiuns.
Atraído desde jovem pelos estudos bíblicos, empreendeu uma versão direta dos Evangelhos gregos, tomando por base o mais antigo manuscrito do Novo Testamento.
Senhor de vasta cultura, pesquisou em bibliotecas e arquivos do Brasil e da Europa, em particular na do Museu Britânico, na do Vaticano e na Biblioteca Nacional de França, em Paris.
Ao longo de sua vida e de suas viagens ao exterior conseguiu amealhar
livros e documentos raros, formando vasta biblioteca, que ascendia a
mais de dez mil volumes, especializada em metapsíquica, parapsicologia e temas correlatos. Durante a Segunda Guerra Mundial, quando as tropas alemãs invadiram a França,
tornou-se depositário de alguns documentos históricos que estavam em
poder da Sociedade que dirigia os destinos do Espiritismo naquele país.
Profundo conhecedor da História do Espiritismo, no Brasil e no mundo,
teve publicados, na revista "Metapsíquica", vários artigos abordando
eventos ocorridos no país até o ano de 1895, detendo-se na atuação do Dr. Bezerra de Menezes.[1]
Em 1953 deu início à publicação de uma série de artigos sob o título O Livro dos Espíritos e sua tradição histórica e lendária, que tiveram continuidade até 1954. Estes artigos foram reunidos e publicados em livro, com o mesmo título.
Em abril de 1957, quando das comemorações do I Centenário do lançamento de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec,
integrou a comissão organizadora das festividades, que fez publicar, em
edição bilíngue, a referida obra, tal qual foi lançada pelo Codificador
em 18 de abril de 1857.
FONTE: wikipedia
Nenhum comentário:
Postar um comentário