Nasceu em Castellabate, uma pequena vila do sul da Itália, filho de Costabile Matarazzo e Mariangela Jovane, agricultores na região da Campânia.[4] Francesco aos 27 anos emigra para o Império do Brasil (1822-1889), em 1881, em busca de melhores condições de vida.[5] No desembarque, na Baía de Guanabara, perde a carga de banha de porco que trazia.[6] Com o pouco dinheiro que lhe sobra se estabelece na cidade de Sorocaba, província de São Paulo, no comércio de secos e molhados. Alguns anos depois estabelece uma empresa de produção e comércio de banha de porco.[6]
Em 1890, muda-se para São Paulo e funda, com os irmãos Giuseppe e Luigi, a empresa Matarazzo & Irmãos. Diversifica seus negócios e começa a importar farinha de trigo dos Estados Unidos. Giuseppe participava da empresa com uma fábrica de banha estabelecida em Porto Alegre e Luigi com um depósito-armazém estabelecido na cidade de São Paulo.[6]
No ano seguinte, a empresa foi dissolvida e constituiu-se em seu lugar a Companhia Matarazzo S.A. que já conta com 41 acionistasminoritários.[6] Essa sociedade anônima passa a controlar também as fábricas de Sorocaba e Porto Alegre.
Em 1900, a guerra entre a Espanha e os países centro-americanos dificulta a compra do produto e ele consegue crédito do London and Brazilian Bank para construir um moinho na cidade de São Paulo.[7] A partir daí, seu império empresarial se expande rapidamente, chegando a reunir 365 fábricas por todo o Brasil.[7] A renda bruta do conglomerado chegou a ser a quarta maior do país, e 6% da população paulistana depende de suas fábricas, que, em 1911, passam a se chamar Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo (IRFM), uma sociedade anônima.
Sua estratégia de crescimento segue o lema "uma coisa puxa a outra". Para embalar o trigo, monta uma tecelagem. Para aproveitar o algodão usado na produção do tecido, instala uma refinaria de óleo, e assim por diante.
Recebeu do rei Vítor Emanuel III da Itália o título de conde por ter enviado à Itália mantimentos durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Admirador de Benito Mussolini, o conde chegou a contribuir financeiramente com o fascismo. Muitos dos operários em suas fábricas eram imigrantes italianos. Fora da colônia, Matarazzo era visto com desconfiança pela elite tradicional e pela nascente classe média urbana.[8]
Matarazzo morre em 10 de dezembro de 1937, após uma crise de uremia, na condição de homem mais rico do país, o italiano mais rico do mundo, com uma fortuna de 20 bilhõesde dólares estadunidenses, tendo a quinta maior fortuna do planeta na ocasião da morte, possivelmente sendo proprietário de 365 fábricas.[6][10]
fonte wikipedia e famosos que partiram
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