segunda-feira, 20 de agosto de 2018

462 anos da Mooca-o bairro dos Italianos

História

A sua fundação aconteceu em 17 de Agosto de 1556, 56 anos após o descobrimento oficial do Brasil pelos portugueses. Na época, as terras eram ocupadas por índios que se concentravam próximo ao Tameateí ou Tometeri, hoje o Rio Tamanduateí.[4] O nome do bairro é de origem indígena. Uma versão aventada é a de que ele teria surgido no século XVI, quando os primeiros habitantes brancos começaram a construir suas casas na região, sob o olhar curioso dos índios, que teriam exclamado Moo-oca! Numa tradução livre, algo como "Eles estão fazendo casas!", de moo, fazer e oca, casa.[5]
Além dessa etimologia, no entanto, o tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro acrescenta outra possibilidadeː a de que o nome do distrito tenha se originado do termo tupi antigo mũoka, que significa "casa de parente", através da junção dos termos  (parente) e oka (casa).[6]

Formação e desenvolvimento


Prédio do antigo Cotonifício Crespi, comprado pela rede Extra Hipermercados.
A Mooca se caracteriza por uma intensa ocupação de italianos, cujos descendentes não abandonaram o distrito. Outras imigrações importantes foram de lituanos e croatas. Um nome intimamente ligado ao bairro é o do italiano Rodolfo Crespi, dono da que chegou a ser a maior tecelagem de São Paulo, o Cotonifício Crespi, fundado em 1896. Sucessivas ampliações da fábrica foram acompanhadas por construção de moradias para seus funcionários. Assim como a família Crespi, boa parte dos operários era de origem italiana. Desde 2006, o complexo fabril do antigo cotonifício é ocupado pelo hipermercado Extra, que promoveu um projeto polêmico e agressivo de reabilitação e ampliação dos edifícios, alterando sua integridade arquitetônica e construtiva.[7]

Estádio Conde Rodolfo Crespi, popularmente chamado de estádio da Rua Javari.
A imigração italiana está presente também nas tradições gastronômicas do bairro que, entre muitas cantinaspizzarias e doçarias, conta com alguns importantes nomes, como a doceria Di Cunto, a pizzaria São Pedro, a Pizzaria do Ângelo e o restaurante Don Carlini. Muitas famílias de origem napolitana ocupam o bairro até hoje. Para citar algumas, temos: MontoneMaranoCarraroPiagentiniBrissiCrivelari ,Sapia, Sacomani entre outros menos conhecidos Sendo uma região de passado industrial, foi uma das áreas da cidade onde se concentraram os imigrantes, em especial os italianos, que imprimiram certas marcas características do bairro, como algumas festas típicas, tais como a Festa de San Gennaro.[8] O distrito abriga, hoje, o Memorial do Imigrante, que traz informações sobre a imigração italiana no Brasil. É um distrito que ainda concentra algumas indústrias na cidade, mas é predominantemente residencial de classe média e de serviços. O distrito ainda sedia a Universidade Anhembi Morumbi e Universidade São Judas Tadeu, ambas de de classe média média e alta, e o tradicional clube paulistano, o Clube Atlético Juventus.

Fachada do Memorial do Imigrante.
Símbolo da imigração italiana, o tradicional Clube Atlético Juventus foi fundado no dia 20 de abril de 1924 por funcionários do Cotonifício Rodolfo Crespi.[9] Os grandes patronos do Clube eram Rodolfo e o seu filho Adriano Crespi, italianos da cidade de Busto Arsizio, na província italiana de Varese, próximo ao Piemonte. Rodolfo era simpatizante da Juventus, time de futebol da cidade italiana de Turim, enquanto o seu filho Adriano gostava da Fiorentina, de Florença. O nome Clube Atlético Juventus nasceu numa homenagem à Juventus, porém utilizando a cor lilás, da camisa da Fiorentina. Com o tempo, aquela cor arroxeada foi passando para o grená (vinho) utilizada até os dias de hoje. Existe uma outra versão que diz que a camisa é grená em homenagem ao Torino, o outro grande clube de Turim. Assim, teriam sido homenageados os dois clubes dessa cidade.
fonte wikipedia

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