Era o segundo de dez filhos de
uma família rural da província de Treviso.
Ordenado em 1858, estudou direito canónico e
a obra de São Tomás de Aquino.
Em 10 de Novembro de 1884 foi elevado a Bispo de Mântua, e
em 1896 a Patriarca de Veneza sendo
eleito Papa em 4 de Agosto de
1903 com 55 dos 60 votos possíveis no conclave.
O seu lema era "Renovar
todas as coisas em Cristo",
expresso na sua encíclica E Supremi Apostolatus.[1] Por
esta razão, foi um defensor intransigente da ortodoxia doutrinária e
governou a Igreja Católica com
mão firme numa época em que esta enfrentava um laicismo muito
forte e diversas tendências do modernismo,
encarado por ele como a síntese de todas as heresias nos
campos dos estudos bíblicos e teologia.
Pio X introduziu grandes
reformas na liturgia e
codificou a Doutrina
da Igreja Católica, sempre num sentido tradicional e facilitou a participação
popular na Eucaristia. Foi
um Papa pastoral, encorajando estilos de vida que reflectissem os valores
cristãos. Permitiu a prática da comunhão eucarística frequente
e fomentou o acesso das crianças à Eucaristia quando da chegada à chamada idade
da razão. Promoveu ainda o estudo do canto gregoriano e
do catecismo (ele
próprio foi autor de um catecismo, designado por Catecismo
de São Pio X). Criou a Pontifícia
Comissão Bíblica e colocou as bases do Código
de Direito Canônico, promulgado em 1917 após a sua morte. Publicou 16 encíclicas.
No Brasil foi
o fundador da Diocese de Cajazeiras,
no Estado da Paraíba,
da Diocese de Taubaté,
no Estado de São Paulo, das
Dioceses de Ilhéus, Barra e Caetité,
no Estado da Bahia,
da Diocese de Campanha,
em Minas Gerais, e
da Arquidiocese de Aracaju em Sergipe.
Pio X não receou provocar uma
crise com a França quando
condenou o presidente francês por visitar Victor Emmanuel III, Rei
de Itália, com quem a Igreja estava de más relações desde a tomada dos Estados Papais na
unificação italiana, em 1870. Entre
as consequências deste embate cita-se a completa separação entre Igreja e
Estado em França e a expulsão dos Jesuítas. Teve
como secretário de Estado o famoso cardeal Merry del Val.
Na lápide do seu túmulo
na Basílica de São Pedro no Vaticano,
lê-se: A sua tiara era
formada por três coroas: pobreza, humildade e bondade.
Foi beatificado em 1951 e canonizado em 3 de Setembro de 1954 por Pio XII. A
Igreja celebra a sua memória litúrgica no dia 21 de Agosto. É
actualmente o patrono dos
peregrinos enfermos e é considerado por alguns estudiosos,[2] como
o maior dos Papas do século XX, disputando tal título com o Papa João Paulo II.
Foi
o único Papa do século XX a ter tido extensa experiência pastoral ao nível
da paróquia.
Favoreceu o uso de termos vernaculares na catequese. O
seu estilo directo e as denúncias de atropelos à dignidade humana
não lhe trouxeram grande apoio por parte das sociedades aristocráticas
europeias na época pré-Primeira Guerra MundialFONTE:WIKIPEDIA
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