RUA VISCONDE DE INHOMERIM
Localização: Mooca | Distrito: Mooca
Francisco de Sales Torres Homem, Visconde de Inhomerim, nasceu no Rio de
Janeiro, em 29 de Janeiro de 1812. Formado em Medicina, foi por influência de
Evaristo da Veiga, o extraordinário redator da Aurora Fluminense, que se
dedicou com grande brilho à política, escrevendo em vários jornais. Fundou o
Jornal dos Debates no qual fez séria oposição ao Regente Feijó. Escrevendo
sempre para a imprensa, em 1842, por ocasião das revoltas liberais de São Paulo
e Minas, foi preso e deportado para a Europa. Em 1844, serenados os ânimos e de
volta ao Brasil, foi eleito deputado por Minas Gerais. Exaltado pelos
acontecimentos do Recife em 1848, em defesa deles escreveu o Libelo do Povo por
Timandro, trabalho em que a beleza da forma literária está ao par da violência
e dos conceitos. Fora então do parlamento, e sem atividade no jornalismo,
colaborou acidentalmente na Reforma, até 1854. Depois dessa data, voltou às
metas políticas, tendo tido a fraqueza de aceitar do Marquês de Paraná, a
nomeação de chefe de uma das Diretorias do Tesouro Nacional. Os liberais, seus
correligionários, não lhe perdoaram a aceitação do cargo e menos ainda ter ele
ido beijar agradecido a mão do imperador. Eleito novamente deputado em 1857,
agora pelo Partido conservador , empenhou-se em formidáveis campanhas ,
enchendo os anais do Congresso de luminosas páginas políticas, resultantes dos
debates com seus antagonistas. Em 1863, foi para a Europa , publicando antes um
violento protesto contra os que dirigiam a política da época. De volta do
estrangeiro, proferiu no Senado o famoso discurso em defesa do projeto que
declarava livres, todos os escravos nascidos no Brasil, projeto esse convertido
em lei do Império pelo decreto de 28 de setembro de 1871. Macedo, apreciando a
vida desse grande lutador, diz que a vaidade foi a sua grande fraqueza. Várias
vezes, de fato, levado por ela viu a sua carreira interrompida ou o seu
trabalho anterior inutilizado. Sales Torres Homem, apesar de sua exaltação, de
sua vaidade e de sua violência, foi o grande, o eloquente fulminador da
resistência, dos principais chefes conservadores contra a lei histórica de 28
de setembro. Visconde de Inhomerim pertenceu a várias Associações Científicas,
foi Conselheiro de Estado, membro do Instituto Histórico Brasileiro e membro do
Instituto de França. Faleceu em Paris em 3 de junho de 1876.
Logradouro oficializado através do ATO Nº 1392, de 29 de dezembro de 1919.
Outras Legislações: ATO Nº 1633/21, ATO Nº 1924/23, ATO Nº 139/31 (tratam do
prolongamento da via)
Nomes anteriores do logradouro: Rua 31, Rua 5 e Rua dos Emboabas.
Codlog: 09.198-7
MAIS INFORMAÇÕES
Nomes Anteriores:
Rua 31
Descrição Técnica:
Começa na Rua Borges de Figueiredo e termina na Rua Oratório. B. Moóca.
CADLOG:
09.198-7
Oficialização:
ATO nº: 1.392 de 29/12/1919
Francisco de Sales Torres Homem, Visconde de Inhomirim (Rio de Janeiro, 29 de janeiro de 1812 — Paris, 3 de junho de 1876), foi um advogado, jornalista, diplomata, escritor, médico e político brasileiro.
História
Filho do padre Apolinário e da mulata Maria Patrícia, conhecida como Maria "Você me Mata", neta da escrava Eva da Serra de Taubaté, Torres Homem, retratado como um macaco em caricaturas da época, apesar de ter sido mulato, é considerado o negro que conseguiu maior destaque durante o Império. Ele era contra a escravidão, mas escondia seu cabelo com perucas e usava pó de arroz para clarear a pele. Dava muita importância à aparência. Segundo ele, é "preciso não deixar os medíocres e tolos sequer essa superioridade: trajarem bem. As exterioridades têm inquestionável importância." (Campos, 1954, p.19). Fez parte de sociedades secretas republicanas e mais de uma vez desrespeitou o Império. Apesar disso, recebeu do Imperador o título de Visconde em 1871.
Foi deputado geral, presidente do Banco do Brasil[1] , ministro da Fazenda, conselheiro de Estado e senador do Império do Brasil.
foto : wikipedia fonte : dicionarioderuas.prefeitura.sp.gov.br wikipedia
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