sexta-feira, 6 de novembro de 2020
domingo, 1 de novembro de 2020
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
domingo, 6 de setembro de 2020
segunda-feira, 31 de agosto de 2020
sexta-feira, 14 de agosto de 2020
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
FOTO DO HOSPITAL AZUL -AV LINS DE VASCONCELOS-CAMBUCI E SUA HISTÓRIA.
Com a crescente demanda de atendimento médico-hospitalar, a instituição modernizou a infraestrutura para ampliar a prestação de serviços na área da saúde com o novo Complexo Hospitalar e os Ambulatórios Descentralizados, assim como a fundação da primeira Unidade do Colégio PM em 1978, instituindo nossa contribuição social para a educação, com base nos valores: saber, honra e disciplina.
Em suma, nossa entidade filantrópica cresceu em larga escala, com novas instalações para melhor atender a família policial-militar e a sociedade. A cultura de excelência em serviços e processos, as inovações tecnológicas e o investimento na capacitação dos colaboradores foram cruciais para a perenidade da Cruz Azul, que hoje é uma referência nas áreas de saúde e de educação, dois pilares que são fundamentais para a qualidade de vida.
terça-feira, 4 de agosto de 2020
quinta-feira, 16 de julho de 2020
DIA 16 DE JULHO -NOSSA SENHORA DO CARMO -CURIOSIDADES SOBRE A TERCEIRA ORDEM CARMELITA .
Não se sabe ao certo a data de fundação da Venerável Ordem Terceira da Nossa Senhora do Monte do Carmo da cidade de São Paulo. O livro de Tombo da Ordem que seria datado de 1620 foi perdido, mas estima-se que a criação dessa irmandade tenha se dado ainda antes do término do século XVI, não muito tempo depois do estabelecimento de frades carmelitas na vila de São Paulo.
Na época, em 1592, os Irmãos Terceiros, como eram chamados os participantes da Ordem Terceira do Carmo, foram acolhidos junto aos frades e passaram a dividir o espaço da igreja e do convento para realizarem suas práticas espirituais.[5]
A pequena capela que estava acoplada à igreja dos carmelitas serviu aos Terceiros até meados do século XVIII, quando resolveram construir uma nova.[5]
A obra acabou sendo extremamente demorada e dependia de doações de mesários e Irmãos. Um grande inconveniente acarretava-se junto à lentidão da obra: os atos da ordem não podiam ser exercidos, já que não havia um templo. Oito anos após o início da construção da nova capela, reunidos, mais uma vez, em junta extraordinária, consideraram que cada participante da ordem e seus sucessores deveriam pagar uma quantia determinada até que ficasse completo o capital do patrimônio necessário para terminar a construção da nova capela. O Irmão Prior daria oitenta mil réis do anual, o Superior e mais Irmãos da Mesa 12$700 réis, a Priora 38$400 e a Sub-Priora 12$800 réis.[7]
Quanto à arquitetura interna, em novembro de 1759 o Mestre Carpinteiro e também Irmão Terceiro Antonio Ludovico contratou a obra do retábulo da capela mor e mais dois altares colaterais, gastos que somavam, ao todo, 820$680 réis. O pintor João Pereira da Silva foi responsável por ajustar as tribunas, portas, o arco dourado, o altar do Senhor da Pedra Fria e também o painel do forro.[7]
A Ordem também resolveu construir um novo frontispício neste mesmo ano, reformando o de taipa e, novamente, o Prior Manoel de Jesus Pereira começou a coletar contribuições, tanto em dinheiro, quanto em material para a construção. Esse projeto não foi executado prontamente, e o motivo da desistência de sua execução é desconhecido. Estima-se que seja algo relacionado às obras que os frades começavam a fazer no frontispício de sua igreja – por conta da subordinação a eles devida pela Ordem Terceira, foi adiado o novo frontispício para a capela.[8]
As obras só serão retomadas novamente em 1772. O projeto do frontispício, que havia sido suspenso, é também retomado, visto que as reformas da igreja dos frades já teria terminado. O frontispício e sua torre foram construídos com um elemento que, até então, tinha sido pouco utilizado: a pedra de cantaria.[9]
Neste período, as igrejas optam por edifícios maiores, atendendo às necessidades de espaço sagrado requeridas. Verifica-se também uma grande preocupação em valorizar ainda mais as fachadas. Ao mesmo tempo em que ainda se utilizava o tradicional sistema de taipa de pilão, buscavam novos métodos e técnicas mais elaboradas, que dessem maior plasticidade aos frontispícios. O tijolo era fabricado nas proximidades, na região de São Caetano do Sul e São Bernardo do Campo. Assim como a pedra, que existia em pouca quantidade. Esses materiais permitiram edificações que se libertaram das limitações de ornamentação externa imposta pela taipa.[10]
O momento em que as obras ocorreram também marcam um período de reativação da vida econômica da Capitania de São Paulo. Era mantida com regiões mineradoras constante atividade comercial – lembrando que, neste período, as lavras ainda não haviam dado sinais de decadência. Porém, São Paulo ainda era o expurgo migratório que decorreu da atração exercida pelas atividades extrativas. [11]
Por outro lado, a abertura de caminhos para o Campo do Viamão, em busca de animais de transporte, também parecia bastante promissor – consolidando o tropeirismo com a política de defesa e povoamento da região meridional da Colônia, implementada pelo Morgado de Mateus. A cidade de São Paulo se beneficiará de uma gama de atividades e relações de interesses que para ela conflui e, sendo centro de decisão política, administra.[11]
As igrejas, assim, representaram também esse momento de reativação da vida econômica e reconquista de autonomia política.[11] A própria igreja da Ordem Terceira do Carmomostra seus sinais: seus ornamentos e pinturas foram reformulados diversas vezes até o século XIX e havia grande preocupação em dotá-la de ricas alfaias e aparelha-la com o que de melhor havia para celebração de ofícios religiosos. Despesas, essas, pagas com a contribuição dos Irmãos, que eram membros de famílias tradicionais e ricas, e também da renda da própria Ordem, oriunda de seu patrimônio. Neste período, todos os esforços são para deixar a capela mais expressiva, rica e culta.[12]
A obra parece ter começado no final de 1773, que é quando a Ordem parece efetuar o primeiro pagamento de Tebas, que ficou encarregado de cuidar dos três arcos da fachada. Em 1774, a Ordem contrata um feitor, Antonio Nunes Correa, designado para conduzir e fiscalizar os trabalhadores envolvidos na reforma. Os arcos do frontispício ficaram prontos em 1775, deixando Tebas com sua parte praticamente finalizada. Quanto ao restante, a Ordem deixou para outro mestre, o pedreiro Antonio Francisco de Lemos, que parece ter sido infeliz na execução dos trabalhos, que foram desaprovados em vistoria feita em 1776. Lemos desiste de reparar a obra.[13]
O encarregado de desfazer os erros de Lemos e terminar a obra acaba sendo o próprio Joaquim Pinto de Oliveira, que teve que se comprometer a ajustar somente a obra da capela e mais nenhuma, mas que também exigiu da Ordem que nenhum outro pedreiro fosse contratado.[14]
Seu papel era executar à risca o que fora originalmente concebido, incorporando a capela da Ordem Terceira do Carmo aos edifícios recém-reformados dos carmelitas. As soluções para isso foram os três arcos, o desenho das janelas, pilastras que dividem e arrematam os corpos das igrejas, as pirâmides e o alinhamento das cimalhas que formavam um conjunto arquitetônico harmônico. Foi utilizado um sistema construtivo misto, onde se conjugam a taipa de pilão, a alvenaria de tijolos e a cantaria de pedra. A reforma do frontispício só se conclui em 1777.[14]
Com o fim das obras externas, as atenções novamente se voltam ao interior da capela. A igreja é ornamentada com obras de Padre Jesuíno do Monte Carmelo, que inclusive pintou o forro da nave [15]; José Patrício Manso, que pintou, em 1785, o painel no teto da Sacristia, intitulado “Nossa Senhora com o Menino e Santa Tereza” e José Pereira da Silva, que pintou o painel do teto do Consistório.[16]
A capela alinhava-se com a igreja e o convento, mas este conjunto não resistiu aos imperativos da época contemporânea, mas os frades acabaram se mudando para o bairro Bela Vista.[18] Restou apenas a Igreja da Ordem Terceira do Carmo como a conhecemos hoje, após ter sofrido amplas reformas, principalmente a partir da construção da Avenida Rangel Pestana, metrô e praça Clóvis Beliváqua. Mesmo assim, a Igreja ainda guarda muito de sua primitiva edificação e um representativo conjunto da arte colonial paulista.[17]